O Tesouro Direto terá novos limites mínimos e máximos para aplicações como forma de flexibilizar os investimentos em títulos públicos, comunicou a B3 na terça-feira (8). Com a mudança, válida a partir de 18 de novembro, a compra mínima não será mais de R$ 30, e o teto para aportes passará de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões por mês.
Hoje é possível investir em títulos do Tesouro Direto a partir de R$ 30. A novidade é que esse limite deixará de existir em 18 de novembro de 2024. O objetivo é flexibilizar as oportunidades de investimento para o pequeno investidor e melhorar a diversificação.
Os investimentos continuarão sendo feitos em múltiplos de 0,01 título, ou seja, fração mínima de 1% do valor de um título. Na prática, isso significa que será possível investir em um título com valores menores. Por exemplo, o preço de um título do Tesouro Prefixado 2031 é R$ 476,24, seria possível investir com apenas R$ 4,76.
Além da eliminação do limite mínimo, o Tesouro Direto também alterará o valor máximo que um investidor pode aplicar em títulos públicos por mês. Atualmente o teto é de R$ 1 milhão por CPF por mês. Com a nova regra, passa a ser de R$ 2 milhões por CPF por mês. Vale destacar que esse limite considera o total de todos os títulos comprados pelo investidor ao longo do mês e não cada título individualmente.
Essa ampliação do teto é particularmente interessante para investidores de alta renda que desejam fazer grandes aportes em títulos públicos. Além disso, a mudança também beneficia quem já possui títulos adquiridos antes da nova regra. Nos meses de vencimento ou pagamento de juros, esses valores poderão ser reinvestidos, o que significa que os rendimentos recebidos não contam dentro do limite dos R$ 2 milhões. Portanto, o investidor poderá reinvestir sem se preocupar com o teto, utilizando os valores resgatados mais os novos aportes.
Essa mudança no teto mensal oferece mais flexibilidade para investidores de maior porte e permite uma melhor gestão de grandes carteiras de títulos públicos, especialmente para aqueles que usam o Tesouro Direto como uma estratégia de diversificação de patrimônio.
Gift Card Tesouro Direto
Uma das grandes novidades anunciadas pela B3 em parceria com o Tesouro Nacional é o lançamento do Gift Card B3, previsto para o final de 2024. O Cartão Presente Digital permitirá que uma pessoa presenteie outra com créditos que podem ser convertidos em títulos públicos federais.
A plataforma do Gift Card B3 funcionará de maneira simples: o valor adquirido no cartão será mantido em custódia pela B3 até que o beneficiário faça o resgate, momento em que o montante será convertido em títulos públicos do Tesouro Direto em nome da pessoa presenteada.
Essa inovação visa popularizar ainda mais os investimentos em renda fixa, além de ser uma forma interessante de promover a educação financeira, especialmente entre crianças, jovens ou familiares. O Gift Card B3 poderá ser utilizado para todos os títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto, como o Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado, oferecendo diversas opções de acordo com o perfil de investidor e/ou estratégia de investimento/prazo de resgate.