Índice FipeZAP registra aumento de 0,65% nos preços de locação em Setembro de 2024

Pela primeira vez desde 2021, resultado ficou abaixo da variação mensal dos preços de venda que é de +0,71%.

Na análise do último mês de setembro de 2024, tomando como base o comportamento dos preços de locação residencial em 36 cidades brasileiras, o Índice FipeZAP registrou uma elevação de 0,65% no aluguel residencial em setembro/2024, desacelerando em relação às variações observadas em junho (+1,43%), julho (+1,12%) e agosto (+0,88%). Segundo a apuração, é a primeira vez desde agosto/2021 em que a variação média dos preços de locação residencial (+0,65%) foi inferior à variação mensal dos preços de venda do segmento (+0,71%).

Ainda de acordo com o Índice FipeZAP, imóveis que possuíam um dormitório apresentaram uma valorização mais acentuada no mês (+0,76%), contrastando com o incremento menos expressivo entre unidades que dispunham de dois dormitórios (+0,41%). Em comparação a outros índices, o comportamento do Índice FipeZAP de Locação Residencial se manteve acima das variações mensais do IPCA/IBGE (+0,44%) e do IGP-M/FGV (+0,62%). Já entre as 36 cidades acompanhadas, 29 apresentaram valorização do aluguel, incluindo 17 das 22 capitais que integram essa lista: Salvador (+3,67%); Porto Alegre (+2,62%); Belém (+1,73%); Fortaleza (+1,49%); Teresina (+1,41%); Cuiabá (+1,36%); Belo Horizonte (+1,14%); Natal (+1,12%); Manaus (+1,02%); Curitiba (+0,94%); Vitória (+0,87%); Recife (+0,75%); Campo Grande (+0,62%); São Paulo (+0,38%); Goiânia (+0,25%); João Pessoa (+0,12%); e Florianópolis (+0,03%). Diferentemente, houve recuo no aluguel nas capitais: Aracaju (-2,62%); Maceió (-0,11%); Rio de Janeiro (-0,22%); São Luís (-0,23%); e Brasília (-0,27%).

Até setembro, o Índice FipeZAP de Locação Residencial acumulou uma alta de 10,90% no ano, acima do IPCA/IBGE (+3,31%) e do IGP-M/FGV (+2,64%). Em termos de abrangência geográfica, houve aumento nas 36 localidades, incluindo as 22 capitais: Campo Grande (+32,19%); Salvador (+23,22%); Porto Alegre (+21,94%); Brasília (+14,84%); Aracaju (+13,44%); Curitiba (+13,19%); Recife (+12,33%); Fortaleza (+12,30%); Belo Horizonte (+11,85%); Cuiabá (+11,35%); Vitória (+9,82%); Belém (+9,44%); São Paulo (+9,15%); Natal (+8,29%); Florianópolis (+8,10%); Manaus (+7,63%); Goiânia (+7,40%); João Pessoa (+6,70%);Rio de Janeiro (+5,97%); Teresina (+5,18%); São Luís (+3,07%); e Maceió (+1,27%).

Preço médio de locação residencial: com base em dados de 36 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial em setembro de 2024, o preço médio do aluguel de apartamentos prontos foi calculado em R$ 47,05/m². Os maiores valores foram observados no aluguel de imóveis de um dormitório (R$ 61,61/m²) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 40,90/m²). Comparando-se os resultados nas 22 capitais citadas, São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 56,37/m²), seguida por: Florianópolis (R$ 53,83/m²); Recife (R$ 53,14/m²); Maceió (R$ 50,47/m²); Belém (R$ 49,97/m²); São Luís (R$ 49,12/m²); Rio de Janeiro (R$ 47,90/m²); Brasília (R$ 46,92/m²); Manaus (R$ 46,82/m²); Vitória (R$ 43,84/m²); Curitiba (R$ 41,09/m²); Belo Horizonte (R$ 40,99/m²); Salvador (R$ 40,95/m²); João Pessoa (R$ 40,15/m²); Cuiabá (R$ 39,14/m²); Goiânia (R$ 38,91/m²); Porto Alegre (R$ 38,62/m²);

Natal (R$ 35,12/m²); Campo Grande (R$ 34,12/m²); Fortaleza (R$ 31,94/m²); Aracaju (R$ 25,50/m²); e Teresina (R$ 21,81/m²).

Com base em dados de setembro de 2024, o retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 5,96% ao ano, patamar inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Em termos comparativos, a rentabilidade projetada do aluguel residencial foi relativamente maior entre imóveis com apenas um dormitório (6,68% a.a.), contrastando com o menor percentual entre unidades com quatro ou mais dormitórios (4,69% a.a.). Finalmente, entre as capitais analisadas, destacaram-se os resultados em: Manaus (8,25% a.a.); Belém (7,99% a.a.); Recife (771% a.a.); Cuiabá (7,51% a.a.); Campo Grande (7,46% a.a.); São Luís (7,40% a.a.); Natal (7,29% a.a.); Salvador (7,01% a.a.); João Pessoa (6,73% a.a.); Porto Alegre (6,60% a.a.); entre outras.

  • Fonte: Fipezap