Ao fim de novembro, o Kinea Creditas apresentava alocação, em relação ao seu patrimônio, de 104,1% em ativos alvo e 3,5% em instrumentos de caixa. A parcela investida em CRI em IPCA corresponde a 96,1% do patrimônio do Fundo, com uma remuneração média (MTM) de IPCA + 9,41% a.a. e com um prazo médio de 15,0 anos. Já o montante investido em CRI em CDI corresponde a 8,0% do patrimônio, com uma remuneração média (MTM) de CDI + 4,63% a.a. e com um prazo médio de 1,6 anos. O KCRE11, no último dia útil de novembro, possuía um deságio de cerca de 6,60% em relação a sua cota patrimonial. Para os cotistas entrantes via mercado secundário, seria o equivalente a comprar um fundo com uma carteira que remunera Inflação + 10,66%* a.a., ou Inflação + 9,46%* a.a. líquido de custos e taxa de administração.
*Yield da carteira de CRI com base no preço de aquisição da cota no mercado secundário e considera a reversão do ágio/deságio ao longo da duration da carteira de CRI.
Os dividendos referentes a novembro, cuja distribuição ocorrerá no dia 12/12/2024, são de R$ 0,08 por cota e representam uma rentabilidade, isenta do imposto de renda para as pessoas físicas, de 0,79% considerando a cota média de ingresso de R$ 10,06, que corresponde a 100% da taxa DI do período (118% do CDI considerando o gross-up do IR à alíquota de 15%). A geração total de rendimentos no mês foi de R$ 0,08 por cota. A Reserva Acumulada não distribuída no fundo, após o pagamento de dividendos do mês, será de R$ 0,02 por cota.
Operações Compromissadas Reversas
O Fundo possui atualmente operações compromissadas reversas lastreadas em CRI. Essas operações compromissadas permitem maior flexibilidade e velocidade na alocação de recursos. Acreditamos que esses instrumentos são produtivos para o processo de gestão, e possibilitaram que o Fundo mantivesse um alto nível de alocação desde março de 2023, com 104,1% do patrimônio investido em ativos alvo. Vale destacar que as operações possuem prazo longo de vencimento e são cuidadosamente monitoradas pela equipe de gestão de riscos da Kinea, atendendo critérios como liquidez, percentual máximo do fundo e custo. A exposição atual do veículo neste tipo de passivo financeiro é de aproximadamente 7,6% do Patrimônio Líquido do Fundo, patamar considerado adequado pela equipe de Gestão.
Acompanhamento da carteira
Durante o mês de novembro, mês de referência da carteira em outubro, observamos uma taxa de adiantamento superior aos meses anteriores, com um recebimento de principal 2,12x acima do esperado. Esta dinâmica de pré-pagamento dos créditos é esperada que ocorra frequentemente nas operações de Home Equity. Destacamos que apesar do cenário macroeconômico desafiador, as carteiras de ativos adquiridas pelo fundo seguem dentro de níveis confortáveis de cobertura. Adicionalmente, a carteira mantém patamares de inadimplência controlados e dentro da normalidade do que se espera em uma operação de Home Equity. Em outubro, a taxa de inadimplência das carteiras de Home Equity reduziu para 3,6% do saldo devedor, patamar considerado controlado e satisfatório.
O nível atual de inadimplência é absorvido pelos CRI Juniores, que não fazem parte da carteira do Fundo. Adicionalmente, lembramos que na dinâmica das operações de Home Equity, temos garantias reais dos imóveis através da alienação fiduciária, que em condições de estresse podem ser executadas. Na data-base deste relatório, aproximadamente 1,86% dos créditos da carteira estão em fase de recuperação via execução das garantias, sem, contudo, impactar no fluxo financeiro dos CRI detidos pelo Fundo. Ressaltamos que o fundo possui uma pulverização regional, de renda e de risco nas carteiras adquiridas. Além disso, o KCRE11 conta com proteção adequada contra eventuais perdas de crédito, considerando a estrutura de subordinação existente nas operações e o baixo LTV dos contratos lastro.