Resumo Relatório Gerencial HTMX11 12/2024

A tendência de queda nos fundos imobiliários continuou em novembro, com o IFIX registrando uma desvalorização de (2,1%), marcando o terceiro mês consecutivo de queda depois de terem caído em setembro (2,58%) e outubro (3,06%). No acumulado de 2024, o principal benchmark dos fundos imobiliários ampliou suas perdas, encerrando o período com uma queda de (5,26%). Em novembro, os fundos de recebíveis caíram (1,6%) e se destacaram como as melhores performances setoriais dentro do IFIX, mesmo tendo sido negativa. Por outro lado, os fundos de shoppings registraram uma queda (3,9%) e os fundos de fundos (3,1%) apresentando os piores resultados no mês. No ano, os fundos de ativos financeiros sofreram uma queda (1,8%) apresentando desempenho superior ao do IFIX, enquanto os fundos de tijolo (12%) lideram as perdas.

O pessimismo generalizado do mercado é atribuído a diversos fatores, como o aumento das expectativas de inflação onde o BCB revisou suas projeções para cima em todos os trimestres até o segundo trimestre de 2027, em função da depreciação cambial e do forte crescimento econômico. O IPCA de 2024 passou a ser projetado em 4,9% (ante 4,3%), enquanto as projeções para 2025 e 2026 foram ajustadas para 4,5% (antes 3,7%) e 3,6% (antes 3,3%), respectivamente. Além disso, o quadro fiscal incerto e o aumento dos juros futuros também contribuem para o cenário negativo. Como resposta a essas incertezas, na última reunião do Copom, o comitê decidiu elevar a Selic em 100 bps. O ajuste foi acompanhado de um tom mais duro do Comitê, que indicou a continuidade de ajustes agressivos diante da deterioração do cenário fiscal. Segundo o Copom, se o cenário esperado se confirmar, ajustes de mesma magnitude são previstos para as próximas duas reuniões. Como resultado, o mercado já projeta uma Selic terminal para 2025 entre 14,50% a.a. e 15,00% a.a. Nos Estados Unidos, a principal mudança foi a menção de que os resultados das eleições estão começando a impactar os preços. A expectativa de uma política fiscal mais expansionista e maior protecionismo levou à valorização do dólar, o que impacta negativamente a inflação nos mercados emergentes. Além disso, o FED reduziu a taxa de juros em 25 bps, fixando a faixa entre 4,25% e 4,50%, como esperado pelos agentes de mercado. O comunicado do FOMC destacou uma economia ainda em expansão e um tom mais rígido devido à incerteza no mercado de trabalho e à inflação persistente.

Em dezembro/24, o HTMX11 pagou R$ 3,4155/cota aos seus investidores, que representa um dividend yield de 18,26% ao ano com base na cota de fechamento de novembro/24.

O mês de outubro foi marcado por um calendário intenso de eventos, muitos deles realizados simultaneamente nos principais centros de convenções da capital paulista. Esse cenário foi impulsionado, sobretudo, pela concentração de atividades nos finais de semana, como o show do artista Bruno Mars, e pela ausência de feriados em dias úteis, o que favoreceu a continuidade das operações comerciais e logísticas ao longo do mês. Além disso, a proximidade da Fórmula 1, programada para o início de novembro, também contribuiu para o aquecimento das atividades nos últimos dias de outubro, reforçando o desempenho positivo registrado no período. A carteira do Fundo Maxinvest apresentou, em outubro de 2024, uma taxa de ocupação de 70%, o que representa um aumento de 14,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Com relação à diária média, observou-se um aumento nominal de 14,7% em relação a outubro de 2023 (de R$ 525 para R$ 602). Esses índices resultaram em um RevPAR de R$ 419 em outubro de 2024, 31,4% superior ao registrado no mesmo mês de 2023 (R$ 319).