O IFIX apresentou uma queda de 0,67% em dezembro de 2024. No cenário nacional, de acordo com o Boletim Focus de 23 de janeiro, as expectativas de mercado para o IPCA de 2025 apresentaram alta no mês (de 4,84% para 5,08%) e uma baixa mínima para o IGP-M (de 4,90% para 4,87%). A projeção da Taxa SELIC para 2025 teve uma alta para 15,00%. O IGMI-R, que mede a evolução dos preços de unidades residenciais, acelerou em outubro, com variação de 1,32%. No acumulado de 12 meses, encerrado em dezembro, o índice apresentou variação positiva de 12,73%, patamar muito superior aos principais índices de inflação no país, como o IPCA (4,83%), IGP-M (6,54%) e INCC-M (6,34%).
No panorama do Maxi Renda, mais uma vez destacamos o elevado crescimento de cotistas na base do Fundo, com mais de 1,26 milhão de cotistas, o maior da indústria de FIIs no Brasil, na data base do presente relatório, segundo dados da B3. O Fundo visa a alocação de 80% do P.L em CRIs com bons nomes de crédito, com carregos atraentes e alto potencial de ganho de capital recorrente com o giro no mercado secundário, e até 20% do P.L em Permutas Financeiras, que possuem boa rentabilidade, com retornos da ordem de INCC + 13,00% a.a., além de operações de FII com características de CRIs, que por motivos diversos foram estruturados via FII, ou então posições mais táticas para gestão ativa no mercado secundário.
No book de CRIs, foram integralizados R$ 231,00 milhões em novas operações. A equipe de gestão segue originando pipeline de CRIs e Permutas Financeiras, bem como vem buscando oportunidades de reciclagem de portfólio no mercado secundário, em ativos de relação risco-retorno bastante interessante.
No book de Permutas Financeiras, foram realizados novos investimentos em montante de R$ 51,75 milhões. Por fim, no book de FIIs, ocorreu um aumento de posição no FII Lago da Pedra (LPLP11) no montante de R$ 67 milhões. Para gestão de caixa, o Fundo vendeu aproximadamente R$ 147 milhões em diversos CRIs, para fazer frente a essas novas aquisições, que resultaram ao Fundo R$ 2,8 milhões entre ganho de capital e correção monetária que estava acumulada nos papéis. Os rendimentos auferidos segundo o regime de caixa foram de R$ 0,1001 por cota, totalizando R$ 43,73 milhões. Como destaque, no book de CRIs o resultado caixa foi de R$ 43,04 milhões, enquanto que, no book de FIIs, o resultado foi de R$ 4,07 milhões.
Ainda, em virtude do regime de caixa seguido pelo Fundo e dos meses de inflação alta, o Fundo possui uma reserva acumulada de correção monetária da ordem de R$ 13,78 milhões (R$ 0,0314/cota). No regime de caixa, os rendimentos são distribuídos quando efetivamente transitados no caixa do Fundo, então pode haver um descasamento temporal entre os índices/taxas que remuneram os papéis e o efetivo pagamento, o qual compõe a base de distribuição do Fundo. Ademais, as permutas seguem um fluxo financeiro em que recebem grande parte do fluxo financeiro mais ao final da operação.
A distribuição de R$ 0,10 por cota foi realizada em 14/01/2025 para os detentores de cotas do Fundo em 31/12/2024. O valor distribuído representou, considerando o preço de fechamento da cota no mês (R$ 9,37), resultado equivalente a 121,01% do CDI no período, já livre de impostos, ou ainda, 142,37% do CDI com um gross-up de 15% de impostos.
O Maxi Renda realizou, no mês de dezembro, novas aquisições de CRIs no montante total de R$ 231,00 milhões, com destaque para os ativos descritos em mais detalhes abaixo. Ainda, para gestão de caixa, o Fundo vendeu aproximadamente R$ 147 milhões em diversos CRIs, para fazer frente a novas aquisições de ativos, que resultaram ao Fundo R$ 2,8 milhões entre ganho de capital e correção monetária que estava acumulada nos papéis, as maiores vendas foram nos CRIs JCC Iguatemi, JFL Living, Mateus Ilhéus e Mateus TRX. As novas alocações do mês possuem taxas superiores às médias do book de CRIs, contribuindo assim para melhora do carrego do Fundo. A gestão ressalta ainda que possui outras operações de volumes relevantes no pipeline e em estruturação. O time de gestão continua muito próximo de cada empresa do atual portfólio investido e suas respectivas diretorias financeiras, realizando o monitoramento da saúde financeira das companhias, com o objetivo de entender possíveis impactos do aperto monetário, com a forte abertura dos juros, em seus balanços e nas estruturas dos papéis, de forma que o Fundo está preparado para agir antecipadamente em casos de deterioração do crédito.
CRI Helbor | TF – República do Líbano (24L2170982) – R$ 126,00 milhões | IPCA + 10,80% a.a.
Compra do CRI que financiou a compra de um terreno em uma das regiões mais nobres de São Paulo, na qual as devedoras são a Helbor Empreendimentos S.A. e Toledo Ferrari, com garantia do terreno e dos recebíveis futuros do empreendimento. O projeto consiste em um empreendimento residencial e hotel de luxo, que levará bandeira St. Regis Hotel & Resorts. As torres residenciais possuirão 60 unidades e um VGV de R$ 1,2 bilhões de reais, o empreendimento ao todo terá R$ 1,5 bilhões de reais em VGV.
CRI Uberlândia Refrescos (24L1853110 ) – R$ 105,00 milhões | IPCA + 8,15% a.a
Built-to-Suit para a Uberlândia Refrescos, que possui Contrato de Locação Atípica como lastro da operação e o imóvel em garantia. A empresa é franqueada da The Coca-Cola Company, atuando como fabricante e distribuidora dos produtos CocaCola nas regiões de Uberlândia, Patos de Minas e Uberaba. O empreendimento possuirá uma área fabril de 48.000 m².