Resumo Relatório Gerencial BBFO11 02/2025

Em fevereiro de 2025, o cenário global apresentou volatilidade significativa, resultado das incertezas no cenário mais amplo. As tensões nas negociações tarifárias, com o presidente Trump intensificando sua agenda e focando nas negociações das tarifas de importação sobre produtos da China, México e Canadá, aumentando a aversão ao risco. Nesse contexto, o índice S&P 500 registrou uma queda de 1,4% no mês.

O MSCI ACWI, que representa ações de mercados desenvolvidos e emergentes, também teve um desempenho negativo, com uma queda de 0,70%. Já o MSCI Emerging Markets, que abrange mercados emergentes, apresentou performance positiva de 0,35%. No Brasil, o mercado de ações também enfrentou dificuldades. O índice Ibovespa (IBOV) caiu 2,64% em fevereiro, encerrando o mês em 122.799,09 pontos, acompanhando o movimento das bolsas globais. O Índice Financeiro (IFNC), que mede o desempenho das ações do setor financeiro, registrou uma queda de 3,11%. O Índice de Consumo (ICON), que acompanha as ações do setor de consumo, também apresentou desempenho negativo. O mercado acionário registrou uma entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 4 bilhões até o dia 25, marcando o terceiro mês consecutivo de fluxo positivo. Apesar dessa recuperação, o saldo acumulado dos últimos 12 meses segue negativo.

O IFIX iniciou o mês flertando com o quinto mês seguido de queda, mas engatou um movimento de forte alta a partir da segunda metade do mês e fechou com uma valorização de +3,34%, alcançando os 3.121 pontos. No que se refere ao desempenho dos ativos, as maiores performances foram observadas em GZIT11 (15,14%), HSAF11 (12,89%) e RBRX11 (11,93%), ao passo que as maiores baixas foram em RBRP11 (- 10,33%), URPR11 (-6,62%) e HCTR11 (-6,44%).

Continuamos o movimento de mudanças na carteira BBFO11, no entendimento que vimos surgir novas oportunidades no mercado. Assim, diminuímos a exposição ao setor de logística, vislumbrando a estabilidade para o setor, com poucas oportunidades de ganhos no curto prazo. Reduzimos o peso de XPLG11 de 5% para 4%, HGLG11 de 6% para 4% e BTLG11 de 5% para 4%, aproximadamente. Em contrapartida, incluímos no portfólio três novos ativos: RBRY11, AFHI11 no setor de recebíveis e pela primeira vez colocamos um fundo multiestratégia: KNHF11. Todos com aproximadamente 0,5% do PL. Também aumentamos a posição em MCCI11 e CVBI11, colocando 1% a mais em cada um e HGCR11, aumentando 0,5%. Com isso, a exposição ao setor de logística ficou menor que 20% e aumentamos a exposição em fundos de CRI para quase 50% da carteira.

Segundo informações dos relatórios mensais com base no mês de janeiro, o BBFO11 obteve a seguinte distribuição: 73,72% em IPCA, com uma taxa média +10,22%; 25,46% em CDI, com taxa média +2,95% e 0,81% de exposição a outros índices. Observando a rentabilidade dos ativos, os destaques positivos foram: KNHF11 (11,89%), CLIN11 (11,43%) e HGCR11 (10,83%), enquanto XPML11 (-1,39%), HGLG11 (-0,46%) e TGAR11 (0,64%) contribuíram negativamente para a performance do portfólio.

Por fim, o rendimento declarado do fundo apurado em fevereiro e distribuído em 18/03/2025, foi de R$ 0,67 por cota e correspondeu a 0,95% da cota patrimonial. Os dividendos pagos nos últimos períodos permanecem em nível elevado, mesmo com a recente valorização do PL. É o terceiro mês consecutivo que o fundo distribui acima de 0,90% da cota patrimonial, mostrando previsibilidade e estabilidade na estratégia adotada.