Resumo Relatório Gerencial BPML11 11/2024

Em novembro, o Copom elevou a Selic para 11,25% a.a., com expectativa de chegar a 11,75% até o fim do ano, devido ao crescimento do PIB (+3,2%) e a queda do desemprego para 6,5%. Esses fatores levaram a uma revisão para cima das previsões de inflação, impactando negativamente o IFIX e o Ibovespa, com queda de 1% no mês. No cenário internacional, a vitória de Donald Trump trouxe incertezas sobre a política econômica dos EUA, o que pode influenciar o ciclo de juros do FED e valorizar o dólar. Apesar disso, o cenário apresenta oportunidades para ativos descontados com bom potencial de retorno no longo prazo. O ICVA registrou alta de 1,2% em outubro, a primeira em sete meses, com destaque para Serviços (+4,7%), impulsionados por Turismo & Transporte, e para Bens Não Duráveis (+0,4%) e Duráveis (+0,1%). Fatores como a redução nos preços de passagens aéreas, a estabilidade dos combustíveis e o impacto do Dia das Crianças sustentaram o resultado. Já a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,3% em novembro, marcando o quinto mês consecutivo de retração, embora em ritmo menor que em outubro (-0,6%). O segmento de bens duráveis foi o mais impactado, enquanto o acesso ao crédito permaneceu estável. Apesar da queda, o indicador segue em nível satisfatório, apoiado pelo otimismo sazonal, mesmo diante de juros elevados e crédito seletivo. Em novembro, a inadimplência líquida foi impulsionada por recuperações de débitos nos shoppings Capim Dourado, Contagem e Ilha Plaza. A Black Friday alavancou vendas, com expectativa de alta anual, destacando-se o Capim Dourado. No comercial, o Contagem firmou quatro novos contratos e o Ilha Plaza prevê três novas operações. Quanto às inaugurações, o mix de calçados foi reforçado com aberturas no Capim Dourado e no Contagem. As tradicionais decorações natalinas e a chegada do Papai Noel atraíram um grande fluxo de clientes, consolidando o engajamento sazonal dos empreendimentos.

Distribuição de Dividendos

De acordo com o Regulamento do Fundo, as distribuições serão realizadas com base no limite mínimo legal, qual seja, 95% (noventa e cinco por cento) dos lucros do Fundo apurados segundo o regime de caixa no semestre, nos termos da legislação em vigor (Art. 10 da Lei 8.668/93). Em novembro, o Fundo distribuiu R$ 1,07/cota, o equivalente a um divend yield de 15,5%. Lembrando que a distribuição do Fundo segue o regime (M-2), estando de acordo com o Art. 17, § 1º do Regulamento.

Obrigações

Seguimos normalmente com o cronograma de amortização da dívida longa do Fundo, sendo importante ressaltar que os valores referente as amortizações não transitam no resultado do Fundo. Em relação a dívida curta, como reportado em maio, realizada a amortização de R$ 80 milhões do Saldo Devedor da dívida curta. Além disto, foi assinado anteriormente junto ao credor da dívida curta uma extensão de prazo por mais 12 meses, se encerrando agora em julho de 2025. Por fim, foi negociado a redução do spread da obrigação, passando de 2,95%, para 2,41% a.a. O cronograma de amortização do principal das dívidas, bem como as principais características das obrigações estão retratados a seguir:

Carteira

Não houve alteração na composição do portfólio de Shoppings do Fundo, sendo que a carteira permanece com 7 ativos, dos quais 3 estão alocados em sociedade de propósito específico (SPE). O patrimônio líquido ao final de outubro era de R$ 957,2 milhões, sendo que a participação em imóveis, somada com a participação em companhias fechadas, totalizava R$ 905,9 milhões, superior ao mês anterior, dado aos investimentos realizados nos ativos. As aplicações financeiras se encontravam majoritariamente em fundos de renda fixa e totalizam R$ 227,4 milhões, inferior ao mês anterior devido a obrigações do fundo.