Ao fim de Outubro, o EQI Recebíveis Imobiliários apresentava alocação, em relação ao seu patrimônio, de 88,9% em CRI, 3,6% em cotas de FII e 7,5% em caixa. Da parcela investida em CRI, 84,5% do patrimônio do Fundo está alocado em ativos IPCA+ com uma remuneração média (MTM) de IPCA + 10,26% a.a. e prazo médio de 8,5 anos, enquanto 4,4% do patrimônio do Fundo está alocado em ativos CDI+ com uma remuneração média (MTM) de CDI + 5,24% a.a. e prazo médio de 3,6 anos. A carteira de CRI está pulverizada em 27 operações, 8 setores e 9 estados.
Mercado de CRI
O volume emitido no mercado de CRI em outubro foi de R$ 5,1 bilhões (-15% MoM / 9% YoY), totalizando 71 operações. As emissões indexadas ao IPCA e CDI representaram 38% e 57% do total, respectivamente. O spread médio dos CRIs atrelados ao IPCA foi de 10,5% a.a. (+0,3 p.p. MoM) com prazo médio de 11,3 anos (+2,4 p.p. MoM). O spread médio dos CRIs atrelados ao CDI foi de 3,4% a.a. (-0,3 p.p. MoM) com prazo médio de 4,0 anos (-1,0 anos MoM). O destaque do mês foi a emissão do CRI Syngenta, que totalizou R$ 1,5 bilhão.
Resultado
Em outubro de 2024, o fundo auferiu lucro em regime de caixa de R$ 1.103.422. A equipe de gestão optou por reter R$ 67.037 em reservas para distribuir R$ 1.036.385, o equivalente à R$ 0,095 por cota, em linha com o nosso guidance. O rendimento distribuído é o mesmo pelo oitavo mês consecutivo. Desde o início do fundo, a estratégia da gestão tem sido normalizar o nível de distribuição de rendimentos de forma a trazer maior previsibilidade para os cotistas. O EQIR possuí um saldo a distribuir de R$ 132.786 ou R$ 0,012/cota. A cota patrimonial do fundo caiu 1,3% na comparação mensal, saindo de R$ 9,73 em setembro para R$ 9,60 em outubro, por conta da abertura na curva de juros futuros. Para melhor entendimento do resultado do fundo, é importante ressaltar que 95,0% da carteira de CRI é reajustada pelo IPCA. Os CRIs atrelados à inflação presentes na carteira refletem, aproximadamente, as variações do indexador IPCA referentes aos dois meses anteriores à apuração de resultados. Portanto, os resultados apurados no mês de outubro (a serem distribuídos aos investidores em novembro) refletem aproximadamente a variação do IPCA referente aos meses de agosto (-0,02%) e setembro (+0,44%). Dessa maneira, mesmo com a deflação de agosto e com uma carteira majoritariamente indexada ao IPCA, o EQIR11 manteve o nível de distribuição. Para melhor avaliarmos o impacto da inflação no resultado e nos dividendos do fundo, é preciso considerar que o fundo apura resultados pelo regime caixa. No regime caixa, a distribuição da correção monetária (IPCA) é restringida pelo valor amortizado dos ativos no mês. Dessa maneira, nos meses em que a correção monetária (IPCA) é superior ao valor amortizado, o excedente é acruado no saldo devedor dos CRIs e não pode ser distribuído. Por outro lado, nos meses em que o valor amortizado é superior à correção monetária, toda a correção monetária é distribuída, incluindo a que está acruada no saldo devedor dos ativos. O saldo atual de correção monetária acumulada na carteira é de R$ 0,086 / cota. O EQIR apurou ganho de capital de R$ 254.075 ou R$ 0,023/cota em outubro 2024 na linha de “Negociação CRI”. Tal resultado engloba o efeito do destravamento da correção monetária dos CRIs CitLog Varginha, Caprem e MS Incorporadora ao longo do mês. Por fim, ressaltamos que não há qualquer evento negativo de crédito na carteira de investimentos do EQIR.
Distribuição de Dividendos
Os dividendos referentes a outubro, anunciados em 21/11/2024 e cuja distribuição ocorrerá em 28/11/2024, são de R$ 0,095 por cota e representam uma rentabilidade, isenta do imposto de renda para as pessoas físicas, de 1,16% – considerando o preço de fechamento da cota em 21/11/2024 de R$ 8,22 – que corresponde a 124% da taxa DI do período (146% do CDI considerando o gross-up do IR à alíquota de 15%). Nos últimos 12 meses, a distribuição de rendimentos do fundo totalizou R$ 1,13 por cota, equivalente a um dividend yield de 13,7%, considerando o preço de fechamento da cota em 21/11/2024.
Movimentações do Mês
Não alteramos a carteira do fundo em outubro. A gestão segue adotando cautela para realizar movimentações em função do cenário de mercado volátil. Assim como no mês passado, continuamos observando abertura na curva de juros futuros, o que impacta diretamente os ativos investidos pelo EQIR11. Nesse cenário, a estratégia da gestão tem sido preservar liquidez para fazer frente às oportunidades com remunerações compatíveis com as taxas de juros de mercado atuais. Fechamos o mês com 7,5% do PL em caixa, finaliza os comentários da gestão.