Resumo Relatório Gerencial HGFF11 11/2024

Encerramos o mês de novembro, novamente, com um incremento na curva de juros futuros, em grande parte decorrente dos desafios envolvendo o cenário local. Neste contexto, observamos durante o mês uma forte correção no IFIX e Ibovespa, basicamente explicada pela deterioração do cenário fiscal e expectativa de juros mais altos por mais tempo, tendo, por consequência, o incremento nos prêmios de risco locais e migração de investidores para outras classes de ativos. Desta forma, encerramos o mês com ambos no campo negativo (-2,11% e -3,12% na variação mensal, respectivamente). Analisando o HGFF, reforçamos o exposto no relatório anterior. Embora acreditemos que existem diversas oportunidades atrativas de alocação atualmente, enxergamos nosso caixa como pequeno no momento, além de não vermos vantagem em alienar ativos nos preços atuais, com exceção de ativos cujos fundamentos tenham piorado. Ainda, entendemos que o mercado deve continuar volátil no curto prazo, tendo em vista o cenário local e perspectivas, de modo que procuramos ser cautelosos nas alocações e consumo de caixa. Não obstante, realizamos algumas movimentações intrasetoriais no mês, vendendo ativos que nos pareciam relativamente “mais caros” e comprando outros do mesmo setor, ou seja, com múltiplos (.e. preço/valor patrimonial, carrego médio implícito, dentre outros) mais atrativos. Ainda, verificamos algumas possiblidades de arbitragem no mercado, tendo em vista eventos de liquidação e fatores de conversão. Desta forma, “travando” um retorno e, em alguns casos, sem a necessidade de utilizarmos muito caixa.

Em novembro, a cota do Fundo negociada na B3 ajustada por rendimentos reinvestidos apresentou variação de -5,84% e a cota patrimonial, também ajustada por rendimentos, de -2,59% (vs. -2,11% do IFIX), sendo que o Fundo gerou o resultado em regime de caixa de R$ 1,76 por cota. Neste semestre, “o Fundo acumulou até o momento cerca de R$ 4,38/cota em resultados auferidos, tendo distribuído o total de R$ 3,50/cota durante o mesmo período (79,9% do resultado caixa, até o momento). Sendo assim, poderá ser realizado, eventualmente, um ajuste pontual na distribuição de rendimentos de modo a atingir a distribuição mínima de 95% do resultado caixa no semestre. Por fim, o fundo encerrou o mês com R$ 1,66/cota de resultado acumulado total. Analisando a composição de resultado deste mês, destacamos as seguintes linhas:

(i) Incremento relevante nas receitas recorrentes, impactada, principalmente, pelo rendimento extraordinário do FII SPVJTI1 e do RBEDTI, em virtude da conclusão de transação envolvendo a alienação de seus ativos (parcial, no primeiro caso, e total, no segundo);

(ii) incremento nas receitas financeiras, considerando a maior alocação do Fundo em caixa; e

(iii) redução nas receitas não recorrentes, decorrente de movimentações realizadas no período, conforme exposto acima.

Ainda, o Fundo anunciou a distribuição de rendimentos no valor de R$ 0,70 por cota, referente ao mês de novembro e com pagamento no dia 13 de dezembro de 2024 aos detentores de cotas em 29 de novembro de 2024.

Nas movimentações de FIIs, encerramos o mês de novembro com 93,0% do PL do HGFF11 alocado em 36 Fiis, tendo negociado aproximadamente R$ 11,8 milhões em cotas de Fiis no mercado secundário no mês. Sendo assim, podemos destacar as seguintes movimentações:

(i) Venda integral de WHGR11), parcial de KNHY11 e aumento de exposição em RBRR11: optamos por realizar um ajuste de exposições dentro do segmento de Fundos de CRI, tendo em vista patamares relativos de negociação.

(ii) Compra de HGPO11: iniciamos a exposição no fundo, tendo em vista o seu preço de negociação no mercado secundário versus valor previsto de liquidação do fundo, quando do pagamento da última parcela referente à alienação de seus ativos.

(iii) Movimentação long/short’: iniciamos uma estratégia de long/short entre dois ativos negociados no mercado secundário, tendo em vista evento corporativo e fatores de conversão. Sendo assim, uma vez concluído, traremos mais detalhes no relatório, encerra os comentários da gestão.