Resumo Relatório Gerencial HTMX11 11/2024

Em novembro, o Copom aumentou a taxa Selic para 11,25% ao ano, acelerando o ajuste em 50 pontos base devido ao cenário mais adverso. Na comunicação após a reunião, foi indicada a intenção de manter o rumo de ajuste. Assim, o mercado antecipou um novo aumento de mesma magnitude, considerando que a Selic deva alcançar 11,75% até o final do ano. A próxima reunião do comitê ocorrerá nos dias 10 e 11 de dezembro. As expectativas de alta para a taxa de juros aumentaram após os resultados positivos da economia, com um PIB projetado para crescer 3,2% em 2024 e a taxa de desemprego caindo para 6,5% em outubro, o menor nível em 12 anos. Esses indicadores fizeram com que o mercado revisasse para cima suas previsões de inflação nos próximos anos, o que resultou em um aumento nas taxas de juros futuras. Esse movimento afetou a precificação de ativos de risco, como o IFIX que teve uma queda de aproximadamente (2%) e o Ibovespa de(4,3%). No cenário internacional, a vitória de Donald Trump nas eleições americanas, com apoio da maioria na bancada legislativa, aumentou as incertezas sobre a política econômica nos EUA. Propostas como o aumento das tarifas de importação e a deportação de imigrantes apresentam um efeito inflacionário, o que pode levar a uma revisão no ciclo de redução de juros do FED no ano que vem e à valorização do dólar frente a outras moedas, incluindo o real. Para a reunião do FED em dezembro, caso haja redução na taxa, espera-se que seja de, no máximo, 25 pontos base. Mas, devido aos fatores acima, os passos seguintes para 2025 permanecem são incertos. Apesar do cenário macroeconômico desafiador, são justamente nesses momentos de incerteza que surgem janelas de oportunidades para a compra de ativos descontados, com um potencial de retorno/carrego atrativo no longo prazo. Em novembro/24, o HTMX11 pagou R$ 2,3656/cota aos seus investidores, que representa um dividend yield de 15,0% ao ano com base na cota de fechamento de outubro/24.

Em outubro de 2024, a receita de aluguéis apurada pelo Fundo Maxinvest, referente à operação de setembro de 2024, alcançou R$ 4.238 por apartamento, representando um crescimento nominal de 4% em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 4.238 contra R$ 4.084). Esse avanço reflete a forte retomada do setor de feiras e eventos em São Paulo durante o segundo semestre, que impulsionou a ocupação dos hotéis da carteira. Entre os eventos de destaque que contribuíram para a alta demanda hoteleira, estão a Equipotel, Expolux e Beauty Fair, reconhecidos por atrair um elevado volume de visitantes à capital paulista. Em setembro de 2024, o desempenho operacional da carteira registrou avanços significativos. A taxa de ocupação atingiu 69%, representando um aumento de 2,5% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. A diária média foi de R$ 550, um crescimento nominal de 5% em relação a setembro de 2023. Já o RevPAR (Receita por Apartamento Disponível) alcançou R$ 377, superando em 7,7% o resultado do mesmo período de 2023, que havia sido de R$ 350. Os índices apresentados são ponderados e refletem o desempenho consolidado das unidades hoteleiras da carteira. Para garantir uma análise consistente, os dados de meses anteriores são ajustados para considerar variações no saldo de ativos, assegurando comparabilidade ao longo do tempo. Esses resultados reafirmam o impacto positivo da recuperação do setor de eventos na capital e a resiliência do portfólio do Fundo Maxinvest.

Durante o mês, 4 unidades hoteleiras foram vendidas. Sendo elas 3 no Staybridge Suites São Paulo e 1 no Ibis Budget Paulista. Desde que foi iniciado o ciclo de desinvestimento, foram vendidas 536 unidades hoteleiras, e no ano de 2024 já foram concluídas 41 vendas. A carteira do Fundo começou outubro/2024 operando 452 unidades hoteleiras em 20 hotéis na cidade de São Paulo, e terminou o mês operando 448 unidades.